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Brasil registra 1º caso de paciente infectado por fungo resistente

Micose persistente após viagens internacionais levou ao diagnóstico do Trichophyton indotineae, um fungo raro que desafia os tratamentos tradicionais

02/04/2025 às 21h33 Atualizada em 02/04/2025 às 22h15
Por: Redação Fonte: g1
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Aspecto das lesões causadas pelo Trichophyton indotineae no paciente — Foto: Veasey et al., 2025/Anais Brasileiros de Dermatologia
Aspecto das lesões causadas pelo Trichophyton indotineae no paciente — Foto: Veasey et al., 2025/Anais Brasileiros de Dermatologia

O Brasil registrou o primeiro caso de infecção pelo fungo Trichophyton indotineae, conhecido por sua resistência a tratamentos médicos. O paciente é um homem de 40 anos, brasileiro, que mora em Londres e esteve em visita à família em Piracicaba (SP), onde foi atendido por uma dermatologista que identificou o quadro.

O caso foi publicado recentemente na revista científica Anais Brasileiros de Dermatologia, marcando o primeiro diagnóstico confirmado no país.

Viagens e sintomas

O paciente havia viajado por países como Inglaterra, Áustria, Eslováquia, Hungria, Polônia, Escócia e Turquia. Ao procurar atendimento médico, apresentava micose persistente na região dos glúteos e pernas, com manchas vermelhas que descamam e coçam, sem resposta aos tratamentos antifúngicos tradicionais.

A dermatologista Renata Diniz, responsável pelo atendimento, identificou a gravidade e a resistência do caso logo na primeira consulta e buscou apoio especializado, confirmando a infecção pelo Trichophyton indotineae por meio de exames realizados no Instituto de Medicina Tropical da USP.

O que é o Trichophyton indotineae?

O fungo foi relatado pela primeira vez na Índia, mas já circula pela Europa, Ásia e América. Casos ainda são raros, principalmente por erros na identificação e pela subnotificação.

Segundo especialistas, esse fungo não é letal, mas apresenta alta resistência aos medicamentos tradicionais, tornando o tratamento mais complexo. “Ele volta a crescer quando o tratamento é interrompido”, explicou a médica.

Transmissão e prevenção

A transmissão ocorre principalmente por contato direto com a pele ou objetos contaminados, como toalhas e roupas. Ambientes úmidos, como vestiários, piscinas e academias, são locais de risco para o contágio.

A dermatologista orienta cuidados com a higiene e atenção a sinais iniciais como manchas vermelhas com coceira. O diagnóstico precoce é essencial para evitar a propagação do fungo.

“Ele impacta a qualidade de vida do paciente e representa um risco de transmissão contínua, pois ainda não há um tratamento garantido e definitivo”, alerta a médica.

Como se prevenir?

  • Evite compartilhar toalhas, roupas e objetos de uso pessoal

  • Redobre o cuidado em ambientes públicos e úmidos

  • Mantenha a pele seca, especialmente após banhos e atividades físicas

  • Ao notar manchas vermelhas ou coceiras persistentes, procure um dermatologista

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